terça-feira, 15 de março de 2011

A GLÓRIA DE QUALQUER POTÊNCIA É PASSAGEIRA

Esta é a lei de ferro da história. Até hoje, não houve nenhum grande império, potência que, não tivesse sucumbido. As tendências geopolíticas e geoeconómicas globais estão em transformação. A crise actual é apenas um factor acelerador dessa mudança estratégica global. Tenho lido muitas opiniões, sobre o projecto europeu, quase todas elas, com vaticínios de condenação ao falhanço. Na minha opinião, o projecto europeu tem é sido mal conduzido, por políticos incapazes, de antecipar os problemas e percepcionar as grandes oportunidades para a Europa.
A União Europeia poderá vir a ser uma nova potência, pois tem uma moeda nova, é um projecto novo, e não uma manta de retalhos, como muitos a apelidam. Esta crise tem muito de propaganda contaminada, principalmente para desviar a atenção dos graves problemas do Reino Unido e dos Estados Unidos. Os EUA estão em declínio irreversível, segundo análises económicas, financeiras, do sistema social e de ensino, pelo que deverá ser muito difícil, deslumbrar um cenário de regresso à hegemonia.
O Conselho Europeu que decorreu em Bruxelas, que teve lugar na semana passada, onde foram discutidos os mecanismos de estabilidade financeira, para a zona euro e a situação na Líbia, discutiu apenas medidas reactivas para a crise. Parece-me que a única saída, para a crise tem de passar pela criação de um novo sistema monetário internacional, com base nas principais moedas mundiais, caso contrário a crise continuará e com contornos cada vez mais nefastos.
A EU tem de urgentemente fortalecer as suas relações com os países chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), promover a realização de uma cimeira, para além disso, reinventar novos métodos e instrumentos que permitam gerir, de forma pacífica, um Mundo multipolar. Isto implica também uma reengenharia sociopolítica, em todos os países que integram a União Europeia.

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